Grupo de Teatro do Colégio, com apresentações anuais.
Como um “Projeto de Inglês”, começou o sonho da implantação de um grupo de teatro dentro da escola. Os alunos se reuniam e montavam uma peça de teatro, para ao final obterem uma nota. Mas, embora eles não imaginassem, estavam ali aprendendo, e muito. A professora Rose Marques dirigia as peças, como voluntária, dirigiu a peça “O Fantasma da Ópera”, a qual foi aplaudida por centenas de pessoas, no Teatro América, em 2004 e a renda dos ingressos doada para APAE. Fora os incidentes da peça, que mais pareciam efeitos especiais, foi uma espetacular apresentação.
Em 2005, ainda como um projeto de Inglês, o grupo apresentou a peça “O Corcunda de Notre Dame”, com renda também revertida para APAE.
Após a apresentação de “O Corcunda de Notre Dame”, o grupo recebeu a notícia de que não mais haveria aquele projeto de Inglês. A partir desse momento, deu-se início ao processo de criação do grupo de teatro do Colégio Dom Aguirre. A escola estabeleceu que a professora Rose Marques fosse responsável por um grupo de jovens, que iriam montar uma peça e apresentariam no final do ano. Assim, no ano de 2006, muito trabalho, correria, preparação para a apresentação de “O Pagador de Promessas”. Um sucesso, encenado na escadaria do Colégio. O incidente do trem, passando bem no meio da apresentação, incidentes que acontecem. Com duas sessões “O Pagador de Promessas” foi dirigido por Rose Marques, tendo sua renda revertida para entidade carente “Crianças de Belém”.
Após a apresentação de “O Pagador de Promessas”, em 2007, a pedido da Direção do Colégio, o grupo resolve inovar, espalhando cartazes pela escola, abrindo vagas para novos integrantes, com testes. Os alunos teriam que pegar um fragmento do texto da peça a ser encenada, demonstrando seu conhecimento e interesse pelo grupo.
Ainda sem um nome oficializado, com maior número de integrantes, em 2007 o grupo começa a montar a peça “Olhares… Hamlet” – de William Shakespeare – Adaptado por Rose Marques. O grupo decide manter a questão filantrópica doando toda renda arrecada com a venda dos ingressos para a Creche Especial Maria Claro. No meio do ano, a Diretora Heleni Maciel de Góes decidiu que, para apresentar uma peça grandiosa, no Teatro Municipal de Sorocaba, o grupo precisava de um nome. Depois de muito pensar em qual seria o nome ideal, no meio da noite, com um súbito pensamento decide: TALENTO, nada melhor do que expressar aquilo que o grupo possui. Mas para ficar um nome mais expressivo poderia ser em grego, dando um sentido maior, pois a história do surgimento do teatro e o berço da sua criação é a Grécia. Procurando no dicionário viu: “TÁLANTON“, e assim ficou.
Seria um nome forte. Então, naquele ano o grupo apresentou, com prazer, ousadia, inovação e beleza a peça, “Olhares… Hamlet”, que emocionou a todos por sua grandiosidade.
Em 2008, houve uma saída significativa de integrantes do grupo por conta dos estudos para o vestibular. Mas os que permaneceram, estavam empolgadíssimos para continuar o trabalho e saber qual seria a próxima montagem. Então, foi marcada a reunião, pela Direção do Colégio e por Rose Marques. Aflitos para saber do que tratava a reunião, mal prestaram atenção nas palavras da Diretora, quando ela surpreendeu a todos dizendo que o Grupo de Teatro Tálanton do Colégio Dom Aguirre estava oficializado. Radiantes com a conquista, todos comemoraram.
O trabalho continuaria. Um novo teste foi realizado, diferente do primeiro e, novos alunos entraram para o grupo, com isso surgiram novas ideias e enfim, um ano maravilhoso.
O grupo foi informado de que seria montada naquele ano a peça “Moulin Rouge”, que encontrou uma forma de mudar o linguajar inadequado e a história continuou a mesma. Mantendo a filantropia, toda renda da bilheteria foi doada ao Gpaci (Grupo de Assistência ao Câncer Infantil de Sorocaba). Depois de muito trabalho, montagem, mudanças, a peça foi erguida, construída dentro dos padrões adequados para todas as idades.
“Moulin Rouge” foi mais um sucesso do grupo de teatro do Colégio Dom Aguirre, agora com um nome oficial, Tálanton, apresentada no Teatro Municipal de Sorocaba Teotônio Vilela, sucesso de crítica emocionando a todos com sua história de interesses, amizades e amor.
A professora Rose Marques, responsável pelo grupo, transcende o seu profissionalismo. Vai além como mãe; vai além, como irmã. Ensina, aconselha, dedica-se de corpo e alma. Rose, Rósea, flor, amor! Dedicação sem limites.
Autor: Guilherme César Cruz Cardoso